sexta-feira, 15 de maio de 2009

Amigos e parcerias são fundamentais!

Às vezes, a gente acha que não realiza porque não tem dinheiro. Ok! Está certo... (já até falei disso aqui!) Mas só sob alguns aspectos. Com amigos por perto se faz muitas coisas. Assim fiz o filme. E há parcerias possíveis que a gente nem imagina.
Imaginaria eu que apenas ao mandar um e-mail com roteiro e currículo para João Gilberto Noll e Adriana Calcanhoto conseguiria fazer o filme que desejava com a música que tanto queria? Não, eu não imaginaria. Mas mandei e tudo deu certo!
Imaginaria eu que ao contatar a editora Record - editora de Noll - eles imprimiriam o convite para o lançamento sem custo? Não, mas foram super-gentis. (será que ainda tem hífen?)
Imaginaria eu que ao conhecer Leonardo Franco, do Solar de Botafogo, e o Guggo conseguiria lançar meu filme num lugar tão chique, tão legal? Não, mas fui lá, conversamos e aí está a coisa acontecendo...
E assim entrou a Shirley com a Preta Produções conseguindo apoios para uma bebidinha comemorativa - aliás, comoramação dupla: lançamento do filme e véspera de aniversário.
E o Osvaldo com equipamento...
E o pessoal do Estação - em especial a Lilian...
E o pessoal da sapataria Sampés...
E o precinho legal da Apema...
E minha amiga Katy e meu cunha Zé Carlos fazendo as legendas em espanhol e inglês para uma pretensiosa "carreira internacional"... rsrsrs
E sei lá mais o que que podemos juntar para fazer arte, fazer filme...
Um acúmulo de generosidades e gente bacana! Sem contar, é claro, a equipe que foi nota 10 - ai o lugar comum...
Que o nosso "lugar comum" seja aquele em que todos se juntam, fazem o primeiro e apostam que o segundo, o terceiro, o quarto, o quinto se transforme numa carreira... num coletivo: o nosso ColetiVoX.

Convidando...


Bom, não dá para ver direito, mas é o convite virtual para o lançamento do filme no Solar de Botafogo, às 18 horas, no dia 8 de junho, véspera do meu aniversário.




terça-feira, 5 de maio de 2009

ADAPTAÇÃO

Hoje, vi, depois de séculos, o filme Adaptação, de Charles Kaufman. E tem uma sequência em que ele está enlouquecido porque não consegue adaptar o livro e vai a um desses workshops de roteiro - que devem existir aos montes nos Estados Unidos - com um cara que deve ser o protótipo de Syd Field. Aí, o personagem se levanta e pergunta sobre a história que ele quer adaptar e na qual nada acontece, não há uma linha narrativa. Resultado: toma maior bronca do professor-instrutor-sabe tudo, sei lá... A alter-ego de Kaufman fala que o romance é como a vida: não acontece nada. E o professor grita: como não acontece nada ma vida! Tem gente sendo morta, tem isso, tem aquilo!
Aí fiquei pensando: cara, no meu filme não acontece nada. Aparentemente. O que se fala não tem a ver com acontecimentos do tipo tradicional da narrativa: mundo comum, equilibrado, rompe o equilíbrio e volta ao novo equilíbrio com os personagens modificados. Pobres dos meus personagens. Desiludidos... Esperam acontecer algo e não acontece. Frustrações como na vida comum.
Mas o professor fala: escolha um final. O final é que é o lance.